terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Avatar- Crítica



"Avatar" conta a história de Jake Sully(Sam Worthington), um ex-fuzileiro paraplégico, que é levado para o planeta de Pandora a fim de controlar o avatar do seu falecido irmão gémeo, numa tentativa de estudar e chegar a um acordo diplomático com os Na’vi, uma espécie humanóide nativa.





Sendo Cameron uma das poucas pessoas no mundo que consegue fazer bons filmes de ficção científica e não esperando nada mais nada menos do que o melhor filme do ano, foi com as mais altas expectativas possíveis que entrei para a sala.

Confirmou-se o esperado? Sim e Não.

Se o Óscar para melhor actor secundário já tinha como destinatário certo Christoph Waltz, o Coronel Hans Landa de “Inglorious Basterds”, também a WETA Digital pode começar a procurar um sítio para colocar a estatueta para Melhores Efeitos Especiais.

A floresta repleta de cores vibrantes, as cenas filmadas no interior da base humana onde predomina a cor branca e as sequências aéreas filmadas nas montanhas foram exemplarmente trabalhadas e aperfeiçoadas até ao mais ínfimo detalhe. Juntando a isto a possibilidade de ver todo o filme em 3D, obtemos uma das mais satisfatórias experiências visuais de que há memória.

Todas estas sequências são acompanhadas pela competente Banda Sonora do já habitual James Horner, aqui numa fusão perfeita entre orquestra e ritmos tribais.

Apesar das quase três horas de duração, nenhuma sequência do filme é superflua, muito pelo contrário. Há várias falhas no argumento, personagens que são esquecidas demasiado depressa e conflitos/explicações convenientemente ignorado(a)s e apressado(a)s.

Se "Aliens", "Abyss" e "T2" juntavam um guião sólido a toda uma parafrenália de efeitos especiais e tecnologias inovadores, "Avatar" falha neste primeiro ponto, uma vez que depois de feitas as introduções ao contexto do filme, aos Na'vi e a toda a tecnologia existente no planeta, o filme segue um caminho demasiado familiar, cómodo e pouco arrojado, sendo todas as surpresas e/ou momentos de excitação proporcionados única e exclusivamente pelo elevado grau de qualidade dos efeitos especiais.

Para além disto, é também completamente risória a discrepância entre o trabalho e o esforço despendidos na criação desta raça humanóide credível, nomeadamente nos seus costumes, na sua língua e no seu habitat, para depois o espectador ser bombardeado com nomes absolutamente ridículos como são os do elemento químico "Unobtainium" (sim, do inglês "unobtain") e as montanhas “aleluia”.


In a nutshell, Avatar é um verdadeiro festim para os olhos mas peca por ter um argumento familiar, pouco inovador e com algumas lacunas que certamente irão desapontar aqueles em busca duma obra-prima.


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